Todo tirano tem em seu caminho uma bala perdida (bem vinda) que lhe tira a vida, derruba-o do poder. Jacytan Melo

Caldeirão lisergico - Malungo e Leonardo Chaves

Vídeo produzido por Malungo e Leonardo Chaves, mostra lances da poesia alternativa pernambucana, registros de fotos, livros e cartazes com textos de Francisco Espinhara e Bráulio Brilhante, além de poemas do livro de Malungo,"O terceiro olho usa lente de contato" numa estética de video clip.

Fragmentos de um Livro leve com águas e anoitecimentos

Fragmentos de poemas de um Livro leve que virá com "Águas e anoitecimentos" de Edmir Carvalho Bezerra

Marcelino Freire

Tempo Ácido - poeta Malungo

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Antônio Luiz M. Andrade, poeta do mês

ALMANDRADE

Natal


Uma voz nua
canta o sentimento
conversa de natal
a solidão
nos contempla
somos habitados
pela música
da noite.
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Noite de Natal


Atrás da canção
uma grande lua
a estrela da festa
sinos da madrugada
que ninguém mais
escuta
despertam
lembranças distantes.
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Uma foto do Natal

No ar
a coreografia
de uma flauta
antigas velas
ainda acesas
velhas ceias
em preto e branco
esperando
a madrugada
e a festa
...
O natal se arrasta
Lentamente.

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www.provadoartista.com.br/almandrade.html
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www.expoart.com.br/almandrade

Almandrade, por Antônio Luiz M. Andrade:  É arquiteto, poeta e artista
plástico baiano.. Como artista plástico já participou de quatro
bienais internacionais em São Paulo, além de várias outras exposições
no país e no exterior. Editou em 74 a revista "Semiótica" e, seus
poemas procuram dar às palavras intensidade plástica, forma. Publicou
os livros "O Sacrifício dos Sentidos", "Obscuridade do Riso",
"Poemas", "Suor Noturno," "Arquitetura de Algodão". É um dos grandes
nomes brasileiros do poema visual. Saiba mais no endereço eletrônico:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_visual/almandrade.html

poemas - Almandrade


Fascinação de cristal
toca em mim
traduz uma delicadeza
e uma incerteza
ilha vazia
maternal
escondida
em seus próprios
 tesouros
a  fuga é incapaz
rasga um caminho
a falta
derrama sua graça.

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PARADOXO

O infinito reclina
e adormece
na solidão dos enigmas.
As manias gregas
O mármore das imagens.
Mitos e estátuas
que desafiam
o vazio e o abstrato.
Verdades,
dúvidas de ninguém.
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A  JANELA  E  A  FANTASIA

No pequeno cômodo
através da vidraça
a paisagem entra
fragmentada
no pincel de Magritte.
Do outro lado
das paredes
a realidade vai até onde
a imaginação alcança.
O  tempo
o olhar inventa.
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O  ANIVERSÁRIO  DA  PINTURA

No retângulo da esquadria
descansa
a velha paisagem renascentista.
A cada novo olhar
uma provocação
canta a imaginação
uma janela para o passado
que contempla o futuro.
Exatidão de cálculos e
sedução de metáforas
celebram
o nascimento da pintura.
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A MULHER

Uma geografia
sempre a ser descoberta
obscura e secreta
como a solidão.
...
Em silêncio
a intimidade feminina
acende o mistério
que faz lembrar
o aroma dos devaneios
que transporta
o fim da tarde.
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Uma viagem entre becos e vielas, escombros e ruínas, pontes e palafitas que trafegam nos versos do poeta Malungo. Vídeo participante da 4ª edição da Mostra "TV no Parque" - agosto/2009