Meu silêncio é minha sobrevivência
é minha vivência entre os vivos,
entre os mortos, entre as sombras.
Nada falo, nada penso, nada sou
apenas ouço gritos e sussurros,
de uma sociedade em decadência.
È bom estar em silêncio
ouvindo os labirintos da mente
o pulsar do coração.
Meu silêncio é minha inspiração
nau sem rumo, sem prumo
navegando no mar aberto
em uma escuridão sinistra.
Meu silêncio incomoda o barulho
perturba o caos.
Vai de encontro à luz, pálida,
fria, enormemente brilhante,
refletindo meu semblante
no cais do porto deserto.
Jacytan Melo, poeta, músico e produtor
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