Ontem eu vi J.M.P.
vendendo chiclete, bombons
e uma porrada de baboseira.
Compra um, tio
leva outro tia,
ajuda matar minha fome.
Fecha a janela filhinha
não dê trela menina,
não tá vendo que isso é bandido.
Sinal abriu, pisada forte no acelerador
fumaça na cara de quem ficou
A tarde vai, a noite vem.
J.M.P. não fala com ninguém.
Está triste, bolso vazio,
barriga roncando,
cara amassada das porradas
da vida.
Alta madrugada,
o sono não chega,
no peito vingança
no coração da criança
que deixou de existir.
Um dia, talvez, J.M.P.
irá encontrar a tal felicidade
que ele tanto vê estampada
na cara dos outros.
Pode ser que sim,
pode ser que não
talvez encontre a morte
nos becos, no trânsito
ou no esgoto fétido.
Jacytan Melo, poeta, agosto/1978
vendendo chiclete, bombons
e uma porrada de baboseira.
Compra um, tio
leva outro tia,
ajuda matar minha fome.
Fecha a janela filhinha
não dê trela menina,
não tá vendo que isso é bandido.
Sinal abriu, pisada forte no acelerador
fumaça na cara de quem ficou
A tarde vai, a noite vem.
J.M.P. não fala com ninguém.
Está triste, bolso vazio,
barriga roncando,
cara amassada das porradas
da vida.
Alta madrugada,
o sono não chega,
no peito vingança
no coração da criança
que deixou de existir.
Um dia, talvez, J.M.P.
irá encontrar a tal felicidade
que ele tanto vê estampada
na cara dos outros.
Pode ser que sim,
pode ser que não
talvez encontre a morte
nos becos, no trânsito
ou no esgoto fétido.
Jacytan Melo, poeta, agosto/1978
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